“Na ponta da prancha Remando contra a maré” (capítulo) do livro “O Blackberry de Hamlet”, recomendado!

“É uma manhã ensolarada de fim de primavera e estou na água em um barco velho. Muitos anos atrás, minha família e eu nos mudamos dos subúrbios de Washington, D.C., para uma cidadezinha em Cape Cod. Ficamos cansados da capital, especialmente do trânsito brutal que comia tanto do nosso tempo. Foi uma mudança típica da era digital, um exemplo das inúmeras possibilidades que essas tecnologias criaram para que se possa trabalhar a distância, em termos de tempo e de espaço, do ambiente de trabalho tradicional. Essa capacidade de “virada de tempo” e “virada de lugar” carrega uma promessa de um tipo de liberação, uma chance de ser dono da vida de forma mais completa. Já que minha esposa e eu somos escritores, basta termos nossas telas e uma boa conexão e podemos estabelecer contato com todas as pessoas e fontes de informação que precisamos para trabalhar. Os amigos agora também estão ao alcance do aparelho digital mais próximo. Portanto, decidimos tentar viver em um tipo diferente de lugar. Mudamos para uma área afastada do cabo, a qual já conhecíamos de férias de verão e com a qual sonhávamos como um lugar para viver em tempo integral e
criar nosso filho, que tinha 7 anos na época. Na nossa nova cidade, as pessoas passam muito tempo em barcos e quisemos
aderir ao hábito. Adeus grades urbanas, viva o mar aberto. Começamos vendo os classificados de barcos usados. Levamos vários meses para encontrar um que gostássemos e pelo qual pudéssemos pagar. Ele tinha mais de
20 anos de idade e estava bastante malconservado, mas tinha personalidade e mal podíamos esperar para guiá-lo por aí. Nós o batizamos de What Larks por causa de uma frase de Grandes esperanças, no romance de Charles Dickens
sobre a maioridade de um garoto chamado Pip”. Continue lendo o capítulo no link