Esse gestor é altamente qualificado e preenche os três itens de um dos mantras da gestão humanista, o CHA (Conhecimento, Habilidade e Atitude). Só que Detritus não aplica o CHA para melhorar o clima organizacional e transformar o trabalho em prazer, sendo um líder respeitado por seus pares. Detritus é ótimo para criar intigras, passar informações conflitantes, gerar rivalidades e transformar os colaboradores em inimigos. Ou seja, o inimigo torna-se o colega ao lado. Para Eugenio Mussak, escritor, educador, professor da Fundação Dom Cabral e colunista das revistas Você S. A e Vida Simples, que ministrou palestra hoje (13/05) no 11 Mix Aberje, a era dos Tulius Detritus, personagem da série A Cizânia, 15º volume da série de livros Asterix, editado em 1970, está no fim. “Não podemos fazer a gestão de pessoas como fazemos a gestão de coisas. Pessoas não são controladas, mas podem ser lideradas”, ensina Mussak, que ressalta que em muitas empresas as pessoas ainda são tratadas como peças de uma engrenagem. “Faz tempo que saímos do modelo industrial, onde felicidade e prazer eram desejos distantes dos muros da empresa. (…) Hoje, a motivação é o grande motor do comprometimento do colaborador. Se ele não se sentir pertencente ao grupo e engajado com os mesmos valores da marca, ele não se torna replicador do conceito”.
Em 1999, o filme Astérix e Obélix contra César alcançou 9 milhões de expectadores na França e traz Roberto Benigni no papel do governador romano Detritus. Fica a dica cinéfila.