Qual a vida útil de um blog? Quando devemos fechá-lo?

Já ouvi essas duas perguntas algumas vezes de blogueiros ou mesmo de executivos apreensivos com seus blogs corporativos. Manter um blog  é uma tarefa pesada, que exige dedicação e muitas vezes desejamos simplesmente fechar. Mas foi o garoto Danny, de Itu, interior de São Paulo, que me trouxe a melhor justificativa. Reproduzo alguns trechos da conversa que ele teve com a mãe, Débora, e também os convido para ler a despedida que Danny fez para seus leitores.

“Quando meu filho tinha nove anos, abriu por diversão o blog tmjovem.com.br para honrar a Turma da Monica Jovem, da qual ele era fã fanático (…) Com 10 anos, ele havia chegado a um ponto no qual muitos adultos vivem em determinados momentos de vida: “Consegui chegar até aqui, mas e agora? Será que quero continuar? Será que estou sendo escravizado pelo que eu mesmo criei?” E mais um salto foi dado: ele abriu vagas no blog e vieram dezenas de candidatos. “Mas como você selecionou?”, perguntei eu, a mãe ‘expert’ de RH (rsrsrs).” Ah, simples, respondeu ele: por e-mail ele mandou a entrevista (que eu li depois e não tive nadinha a acrescentar), e com os pré-selecionados, falou por MSN. O método não envolveu nenhuma empresa de consultoria, nem os olhos nos olhos. Ele contou apenas com sua autoconfiança, treinando o que eu costumo chamar de “sabedoria e intuição digital”, que a gente acaba desenvolvendo com a prática. Resultado: selecionou mais duas pessoas da mesma idade (uma menina de Curitiba e um menino de Fortaleza). Ficaram super amigos, viviam se falando por MSN, rindo, criando coisas. Assim até hoje. A seleção deu certo!”

“Um belo dia, já com 11 anos, quando o blog estava com uma média de 1500 visitas por dia, ele chega e me diz: “Mãe, pensei muito e quero fechar o blog. Está me pesando. Não estou mais aguentando. Meus interesses mudaram, eu quero fazer outras coisas. Você e o papai vão ficar chateados?”. Afinal, ele sabia o quanto ficamos orgulhosos por essa realização (…)”. Parabéns Danny pela sua maturidade e por não ter medo de mudar de ideia. Virei sua fã.