Conhecia e admirava o movimento Slow Food, mas confesso que me surpreendi favoravelmente com o Slow Reading, através da reportagem “O prazer da leitura sem pressa”, publicada no caderno Sabático de 28 de agosto, no jornal O Estado de S. Paulo. “Segundo o novo livro do especialista em tecnologia Nicholas Carr, The Shallows“, nossos hábitos hiperativos online já afetam nossa capacidade mental para processar e compreender uma informação textual muito longa. Os feeds (fluxo de mensagens) ininterruptos nos deixam `hiperlinkados´, saltando de um artigo para outro – sem absorver seu conteúdo; a leitura é frequentemente interrompida pela chegada de um novo e-mail (…), twitter e Facebook”.
O artigo The art of slow reading, publicado no The Guardian, e traduzido pelo Sabático mostra todos os perigos da nossa superficialidade digital. Para Carr, “estamos perdendo a capacidade de alcançar um equilibrio entre dois estados de espíritos distintos”, pois a internet nos trouxe a capacidade de sermos multitarefa, mas não saimos da horizontalidade do factual. Acredito que na vida tudo não pode ser exagerado e nada substitui o prazer de um bom livro. Às vezes, desconectar-se é necessário.