“Precisamos avaliar a globalização como um processo em curso. Até agora foi usada de forma errada, perversa, financista. Mas é possível construirmos uma globalização centrada no homem”, diz Milton Santos em 2001, ano em que nos deixou. (…) A evolução social não será sincronizada, serão os povos de baixo (os mais pobres) que puxarão as mudanças. Eles também utilizam a rede para dar voz aos seus desejos de felicidade e cidadania. Estamos vivendo um período popular, saímos do tecnológico esvaziado e agora a sociedade busca seus pares. Uma sociedade movida por pessoas e suas lutas”. Milton Santos lembra do que aconteceu em Seattle (1998), como exemplo dessa globalização focada no homem. Tenho certeza que Santos gostaria de acrescentar Teerã (2009), Egito (2011). Como é bom reler Milton Santos.
“O ato de produzir é o ato de produzir espaço”
“O espaço geográfico é uma instância social”