Não podemos esquecer que a tecnologia veio para ficar, não tem retorno; o mundo fica menor a cada dia com a globalização e suas vantagens e desvantagens, os relacionamentos são valores-chave para o desempenho pessoal e, por último, as lideranças políticas e sociais são voláteis, mudam rapidamente de acordo com as estratégias sócio-econômicas do mundo globalizado.
Para Maria P. Russel, professora de Relações Públicas e diretora da. Newhouse School of Public Communications Syracuse University, devemos ter muito claro a imagem do século XX, associando-a ao filme “Tempos Modernos” de Charles Chaplin.
No filme a prática de gestão do trabalho baseia-se na radical separação entre concepção e execução, baseando-se no trabalho simplificado, sem emoção, apenas concretizado na repetição de ciclos pré-determinados pela linha de produção.
A linha de produção mecanizada evita o deslocamento dos trabalhadores, portanto evita a troca de experiências entre o grupo. Russel faz um paralelo entre o século XX e XXI, quando diz que no século passado o ser humano era visto como uma engrenagem, seja no trabalho, na vida social ou nos vários papéis que eram obrigados a desempenhar como, por exemplo, casar, ter filhos, conquistar um novo cargo na empresa que ele havia trabalhado desde que entrou como office-boy.
Já no século atual os gestores precisam criar mecanismos para melhorar o desempenho dos funcionários, ao mesmo tempo, que necessitam mantê-los felizes e motivados. Como resolver este dilema, nos pergunta Russell? Por todos estes paradigmas, ela acredita que a resposta está na Gestão de Comportamento, um mix de habilidades e conhecimentos interdisciplinares que contemplam a psicologia, passa pela cognição, auto-estima, práticas holísticas no ambiente de trabalho, gestão da comunicação, relações públicas voltadas para construção de uma comunicação que privilegie o cidadão e suas histórias de vida. O cidadão comum é o porta-voz do século XXI.