Após deixar o cargo de editora de mídias sociais no portal Terra Networks, Ana Brambilla, que é mestre em Comunicação e Informação pela UFRGS e foi editora de conteúdo colaborativo na Editora Abril, retoma sua carreira docente em cursos de pós-graduação e passa a assinar projetos de consultoria em mídias sociais na Polipress.
Com pique 2.0, Ana também está organizando um ebook coletivo reunindo textos conceituais sobre temas transversais ao universo das mídias sociais. São 35 autores, entre pesquisadores e profissionais de mercado, que compartilham gratuitamente seu conhecimento sobre temas como a importância do diálogo com o público, mídias sociais e política, educação, mobilização social, narrativas digitais, mercado de agências, dispositivos móveis, design, buzz, questões jurídicas e vários assuntos atuais divididos em quatro núcleos: bases, mercado, redação e social.
A intenção do livro é promover o debate ao redor de questões que relacionam as mídias sociais com os diversos segmentos da sociedade e da comunicação. Por isto, os textos trazem conceitos, casos de destaque em cada área e apontam os principais desafios para as mídias sociais em um futuro bastante próximo. Licenciado por Creative Commons, o modelo de “flashbook” usado nesta publicação é original do livro “Para Entender a Internet”, lançado em março de 2009 sob a organização do historiador e pesquisador de cultura digital Juliano Spyer. A previsão para lançamento de “Para Entender as Mídias Sociais” é para a segunda quinzena de abril de 2011.
Escrevendo esse post, comecei a relembrar como conheci pessoalmente a Ana. Vou reproduzir um trecho que publiquei no meu livro “A força da mídia social”, no capítulo “Barcamp SP: a volta dos encontros de BBS”. (…) Voltando um pouco no tempo. Sábado, 24 de março de 2007. Acabo de entrar no prédio da Fundação Cásper Líbero, na Avenida Paulista, em São Paulo. São 9h15 e a recepcionista que me atende também se chama Pollyanna, só que com seus devidos nn, igual a garotinha ruiva do livro “Pollyanna”. Ganho uma etiqueta adesiva com meu nome escrito pela minha xará. O Barcamp acontece no terceiro andar, rodeando a praça de alimentação da Cásper. Ao sair do elevador vejo uma concentração de jovens cantando músicas do Bob Marley. Ao me aproximar percebo o violão e a miniDV que registra tudo.
Eles são heterogêneos no vestuário: havaianas, bermudas com estampas de surf, camisetas Puma e algumas mochilas Nike. Calça jeans, de todos os jeitos e estilos. Nas costas de uma camiseta branca leio a frase: “O governo transfere para o povo toda sua fúria e sofrimento”. Já estava animada com a música quando eles começam a cantar “garota quero te conhecer, vê se me dá uma chance, eu to afim de você (…)” de Felipe Dylon. Estremeci. Será que eles irão passar o dia comigo no Barcamp? Pergunto para mim mesma. Resolvo tomar um café, enquanto reflito se a geração pós 1988 realmente ouve Felipe Dylon. (…) Não pode ser. Para minha sorte e dos inscritos no Barcamp, eles foram embora. Eram alunos da Cásper durante o intervalo. Ufa!
(…) A escolha das salas (tínhamos seis salas) e seus temas foi feita na hora pelos integrantes do evento. Estava ansiosa para conversar e trocar experiências sobre jornalismo participativo. Saímos eu, André de Abreu, Ana Brambilla e André Rosa de Oliveira (conhecido na blogosfera como Marmota) para abrirmos uma sala sobre jornalismo participativo (…). Nesse dia conheci a Ana Brambilla pessoalmente e pude confirmar tudo que eu achava sobre essa jornalista sensacional. Quatro anos passa voando.
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